MÃO-DE-OBRA SERÁ O DIFERENCIAL NOS RESTAURANTES


Virgínia Brandão

Os serviços hoteleiros que envolvem alimentos e bebidas demandam, em média, o emprego de 40% a 50% do quadro de funcionários dos estabelecimentos do setor. Em contrapartida, a receita gerada pela prestação desses mesmos serviços dificilmente ultrapassa 15% do faturamento total dos hotéis. A constatação é do diretor do Instituto Internacional de Hotelaria e Gastronomia (IHG), Celso Martineli. Segundo ele, "este é um mal necessário e representa um fenômeno praticamente mundial", diante da necessidade irrefutável, nos dias atuais, de se oferecer serviços de restaurante aos hóspedes.

Como resultado, muitas redes hoteleiras ou mesmo os hotéis independentes - os quais correspondem a cerca de 70% do número de estabelecimentos do gênero no Brasil - partem para a terceirização dos serviços de gastronomia, como forma de se livrar dos altos custos e das dificuldades de operacionalização.

Contudo, conforme Martineli, seja qual for a solução adotada pelos proprietários de hotéis, nenhuma delas poderá desconsiderar o fator que se tornará o principal - quando não o único - diferenciador do mercado no século 21: a qualidade da mão-de-obra. "Treinar, treinar e treinar": este é o lema defendido por Martineli para melhorar o nível dos serviços gastronômicos oferecidos pelos profissionais hoteleiros do País, ainda muito baixo, de acordo com Martineli, quando comparado à qualidade oferecida pelos hotéis instalados nos países do Primeiro Mundo.
ABAGA
MÃO-DE-OBRA SERÁ O DIFERENCIAL NOS RESTAURANTES
DE HOTÉIS DO SÉCULO 21

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